Mais de 7,6 mil casos de violência contra pessoas com deficiência foram registrados em 2019

 

O Atlas da Violência 2021 divulgou um estudo inédito e preocupante: em 2019, o Brasil registrou 7.613 casos de violência contra pessoas com deficiência. O levantamento aponta que 58,5% dos casos são de violência doméstica e as mulheres são as maiores vítimas das agressões. Elaborada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), em parceria com o Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), a publicação foi apresentada no dia 31 de agosto.


De acordo com o relatório, o grupo mais atingido é o que tem deficiência intelectual, com 36,2%, seguido de física (11,4%), auditiva (3,6%) e visual (1,4%). A análise mostra ainda que as agressões contra as mulheres são mais de duas vezes superiores às de homens, exceto quando a vítima é pessoa com deficiência visual, quando a superioridade é inferior a 25%.


Para elaborar o estudo, o Atlas usou os dados do Viva-Sinan (Vigilância de Violência Interpessoal e Autoprovocada do Sistema de Informação de Agravos de Notificação), do Ministério da Saúde, registrados por profissionais de saúde, e não considerou as violências autoprovocadas. Utilizou também a base de dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2013, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que buscou produzir dados a respeito da situação de saúde da população brasileira, inclusive das pessoas com deficiência, a partir da declaração dos entrevistados – no caso, pessoa com deficiência ou familiar/responsável.


Confira, abaixo, o resumo do estudo sobre violência contra pessoas com deficiência. Já para ter acesso à íntegra do Atlas da Violência 2021, acesse aqui.


Situação

 

A violência doméstica é a principal situação envolvendo violência interpessoal contra pessoas com deficiência, atingindo sobretudo as mulheres. Os dados indicam, em termos gerais, que a violência doméstica representava mais de 58% das notificações de violência contra pessoas com deficiência, seguida por violência comunitária (24%).


Em termos de gênero, a violência doméstica é ainda maior para as mulheres (61%), enquanto para os homens a violência comunitária é um pouco maior (26%).


Tipo

 

O tipo de violência mais notificado é a física, presente em 53% dos casos, seguida de psicológica (32%) e negligência/abandono (30%). A violência física tem mais registros para todas as pessoas com deficiência, exceto para aquelas com deficiências múltiplas, em que prevalece a negligência (50%).


A violência sexual se destaca entre as pessoas com deficiência intelectual, com 35%. Em termos de gênero, as proporções de violência psicológica e violência sexual são mais altas para mulheres (36% e 28%) que para homens (26% e 10%), em compensação, as proporções de negligência são maiores para homens (39% contra 24%), mas, mesmo neste caso, as notificações de mulheres superam às dos homens (1.171 contra 1040).


Idade

 

A maior concentração de notificações é para vítimas de 10 a 19 anos, decaindo gradativamente com o aumento da idade. De acordo com o estudo, há mais casos notificados de violência contra mulheres (4.540) do que contra homens (2.572), em todas as faixas etárias, exceto na faixa de 0 a 9 anos (293 contra 332).


Presente em 52,7% dos casos, a violência física se concentra na idade adulta de 20 a 59 anos, alcançando 77% dos casos na faixa de 30 a 39 anos, e sendo sempre maior que 60% nessas faixas. A violência psicológica – incluindo a violência patrimonial –, presente em 31,4% dos casos, é relativamente menos frequente entre as crianças de 0 a 9 anos.


A negligência/abandono (29%) se concentra entre as crianças de 0 a 9 anos (52%) e entre idosos, sendo 47% dos casos entre 60 e 69 anos, 61% entre 70 e 79 anos, e 73% entre pessoas com 80 anos ou mais.


Já a violência sexual, relativamente às demais violências, se destaca entre crianças, adolescentes e jovens: presente em 47% dos casos da faixa de 10 a 19 anos, em 29% das ocorrências da faixa de 20 a 29 anos, e em 28% dos casos entre as crianças de 0 a 9 anos.


Serviço

 

A Apae Brasil chama atenção: se você for vítima ou presenciar algum crime contra pessoas com deficiência, acione o Disque 100, um serviço de disseminação de informações acerca dos direitos de grupos vulneráveis e de denúncias de violações de direitos humanos. Qualquer pessoa pode fazer uma denúncia pelo serviço, que funciona diariamente, durante 24h, incluindo sábados, domingos e feriados.


As ligações podem ser feitas de todo o Brasil por meio de discagem direta e gratuita, de qualquer terminal telefônico fixo ou móvel. O cidadão pode entrar em contato com o Disque 100 por meio do site da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos, pelo aplicativo Direitos Humanos Brasil e via WhatsApp, por meio do número (61) 99656-5008.

 

O Atlas da Violência 2021 divulgou um estudo inédito e preocupante: em 2019, o Brasil registrou 7.613 casos de violência contra pessoas com deficiência. O levantamento aponta que 58,5% dos casos são de violência doméstica e as mulheres são as maiores vítimas das agressões. Elaborada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), em parceria com o Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), a publicação foi apresentada no dia 31 de agosto.


De acordo com o relatório, o grupo mais atingido é o que tem deficiência intelectual, com 36,2%, seguido de física (11,4%), auditiva (3,6%) e visual (1,4%). A análise mostra ainda que as agressões contra as mulheres são mais de duas vezes superiores às de homens, exceto quando a vítima é pessoa com deficiência visual, quando a superioridade é inferior a 25%.


Para elaborar o estudo, o Atlas usou os dados do Viva-Sinan (Vigilância de Violência Interpessoal e Autoprovocada do Sistema de Informação de Agravos de Notificação), do Ministério da Saúde, registrados por profissionais de saúde, e não considerou as violências autoprovocadas. Utilizou também a base de dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2013, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que buscou produzir dados a respeito da situação de saúde da população brasileira, inclusive das pessoas com deficiência, a partir da declaração dos entrevistados – no caso, pessoa com deficiência ou familiar/responsável.


Confira, abaixo, o resumo do estudo sobre violência contra pessoas com deficiência. Já para ter acesso à íntegra do Atlas da Violência 2021, acesse aqui.


Situação

 

A violência doméstica é a principal situação envolvendo violência interpessoal contra pessoas com deficiência, atingindo sobretudo as mulheres. Os dados indicam, em termos gerais, que a violência doméstica representava mais de 58% das notificações de violência contra pessoas com deficiência, seguida por violência comunitária (24%).


Em termos de gênero, a violência doméstica é ainda maior para as mulheres (61%), enquanto para os homens a violência comunitária é um pouco maior (26%).


Tipo

 

O tipo de violência mais notificado é a física, presente em 53% dos casos, seguida de psicológica (32%) e negligência/abandono (30%). A violência física tem mais registros para todas as pessoas com deficiência, exceto para aquelas com deficiências múltiplas, em que prevalece a negligência (50%).


A violência sexual se destaca entre as pessoas com deficiência intelectual, com 35%. Em termos de gênero, as proporções de violência psicológica e violência sexual são mais altas para mulheres (36% e 28%) que para homens (26% e 10%), em compensação, as proporções de negligência são maiores para homens (39% contra 24%), mas, mesmo neste caso, as notificações de mulheres superam às dos homens (1.171 contra 1040).


Idade

 

A maior concentração de notificações é para vítimas de 10 a 19 anos, decaindo gradativamente com o aumento da idade. De acordo com o estudo, há mais casos notificados de violência contra mulheres (4.540) do que contra homens (2.572), em todas as faixas etárias, exceto na faixa de 0 a 9 anos (293 contra 332).


Presente em 52,7% dos casos, a violência física se concentra na idade adulta de 20 a 59 anos, alcançando 77% dos casos na faixa de 30 a 39 anos, e sendo sempre maior que 60% nessas faixas. A violência psicológica – incluindo a violência patrimonial –, presente em 31,4% dos casos, é relativamente menos frequente entre as crianças de 0 a 9 anos.


A negligência/abandono (29%) se concentra entre as crianças de 0 a 9 anos (52%) e entre idosos, sendo 47% dos casos entre 60 e 69 anos, 61% entre 70 e 79 anos, e 73% entre pessoas com 80 anos ou mais.


Já a violência sexual, relativamente às demais violências, se destaca entre crianças, adolescentes e jovens: presente em 47% dos casos da faixa de 10 a 19 anos, em 29% das ocorrências da faixa de 20 a 29 anos, e em 28% dos casos entre as crianças de 0 a 9 anos.


Serviço

 

A Apae Brasil chama atenção: se você for vítima ou presenciar algum crime contra pessoas com deficiência, acione o Disque 100, um serviço de disseminação de informações acerca dos direitos de grupos vulneráveis e de denúncias de violações de direitos humanos. Qualquer pessoa pode fazer uma denúncia pelo serviço, que funciona diariamente, durante 24h, incluindo sábados, domingos e feriados.


As ligações podem ser feitas de todo o Brasil por meio de discagem direta e gratuita, de qualquer terminal telefônico fixo ou móvel. O cidadão pode entrar em contato com o Disque 100 por meio do site da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos, pelo aplicativo Direitos Humanos Brasil e via WhatsApp, por meio do número (61) 99656-5008.
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