
O item de proteção, fundamental contra o novo coronavírus, precisa de cuidados específicos.
Desde
o início da pandemia do novo coronavírus, o isolamento social foi
recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Contudo, nos casos
em que é necessário sair de casa, usar máscara virou um item
indispensável para desacelerar a transmissão.
Tudo
porque, de acordo com a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância
Sanitária), o COVID-19 pode ser espalhado por gotículas suspensas no ar
quando pessoas contaminadas (apresentando sintomas ou não) conversam,
tossem ou espirram. E as máscaras funcionam exatamente como uma barreira
física, diminuindo a exposição e o risco para a população em geral.
Além
da versão descartável, que está em falta no mercado, a sugestão das
autoridades é utilizar as máscaras de pano caseiras. Mas, para não se
contaminar, é importante seguir algumas orientações quanto a fabricação,
uso, manuseio, higienização e armazenamento.
Ana Maria Digital conversou com Ivan França, infectologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo (SP), para tiras as suas dúvidas.
ORIENTAÇÕES GERAIS
Este
é um item pessoal, que não pode ser compartilhado por parceiros ou
familiares. O correto é cobrir totalmente a boca e nariz, sem deixar
espaços nas laterais, além de não ficar com a máscara por mais de três
horas seguidas.
Já
nos casos de saídas rápidas, como idas ao mercado ou farmácia, a
orientação é trocá-las diariamente. O infectologista ressalta que, além
de utilizá-la, é necessário que as pessoas ao seu redor estejam com o
item para que haja segurança.
“Conforme
você fala, a máscara pode ficar molhada. A partir do momento que isso
acontece, ela perde sua capacidade de proteção. E, caso tenha saliva no
lado externo e eu estiver contaminado, o vírus está exposto”, diz
França.
COMO E QUANDO COLOCAR?
O
cuidado é nunca pegar pela frente da máscara, sempre vestí-la pelo
elástico ou pelas fitas de amarrar. Mas, atenção: é de extrema
importância estar com as mãos limpas na hora de colocá-la, para não
contaminar a máscara. Assim, lave a mão com água e sabão ou higienize
com álcool gel antes de tocá-la.
Use
sempre que estiver em contato com outras pessoas. “Se você mora em
prédio e irá transitar pelo elevador, é melhor colocar antes pois o
risco de encontrar alguém é grande”, recomenda França, que ainda
orienta: “Quando a pessoa está sozinha em casa ou no carro, não tem
necessidade de usar. Só quando tiver contato com outras pessoas.”
E COMO HIGIENIZAR?
Existe
uma regra! De acordo com o especialista, é necessário lavar com água e
sabão em água corrente individualmente, ou seja, SEM O RESTANTE DAS
ROUPAS.
Após
o primeiro passo, é indicado deixar de molho por volta de 20 a 30
minutos em uma solução de água sanitária, contendo duas colheres de sopa
do produto para 1L de água, ou, 1 colher de sopa para 500 ml.
Depois,
enxague bem em água corrente para remover as toxinas da água sanitária e
evite torcer. Melhor deixar secar ao ar livre, preferencialmente no
sol. Se for lavar em máquina de lavar, é necessário que faça um enxágue
suficiente para remover todo sabão, sem esquecer do molho.
Agora,
a dica de ouro: “Depois de seco, é recomendável passar o ferro quente,
pois o calor mata vírus, bactérias e fungos. Nem todo mundo tem sol na
área do varal, como em apartamentos, por isso é importante usar a fonte
de calor”, orienta.
A
secadora, contudo, não é aconselhável neste caso. O motivo é que o
eletrodoméstico pode encolher o tecido e até danificar o elástico.
COMO POSSO GUARDAR?
“Entre
um uso e outro, o adequado é guardar em papel. Este e outros vírus
resistem menos tempo no material do que no plástico, por exemplo. Então é
ideal é colocar a máscara um envelope de papel, que pode ser feito a
partir de uma sulfite do tamanho A4”, afirma França.
Caso
não tenha opção, é essencial que o saco plástico que tenha furos para
respirar, pois, caso contrário, a máscara ficará úmida. Tanto o plástico
quanto o papel devem ser descartado no final do dia e máscara
higienizada novamente.
TECIDO INDICADO
A
recomendação da Anvisa é utilizar qualquer tecido que tiver a
composição de algodão, mas existem especificações de gramatura: quanto
maior ela for, melhor. O ideal é que a máscara tenha duas camadas de
pano”, esclarece o médico.
No
portal da instituição, é informado que o tecido deve ter, no mínimo,
90% de algodão. Além disso, é possível encontrar as seguintes
orientações sobre a trama dos tecidos:
90 a 110 (por exemplo, usadas comumente para fazer lençóis de meia malha 100% algodão);
120 a 130 (por exemplo, usadas comumente para fazer forro para lingerie);
160 a 210 (por exemplo, usada para fabricação de camisetas).
Sobre
o Tecido Não Tecido, popularmente chamado de TNT, o órgão elenca que o
fabricante deve garantir que o tecido não cause alergia e que seja
adequado para uso humano.
A
gramatura indicada é entre 20 – 40 g/m². Sua fabricação deve conter 3
camadas: uma de tecido não impermeável na parte frontal, tecido
respirável no meio e um tecido de algodão na parte em contato com a
superfície do rosto.

O item de proteção, fundamental contra o novo coronavírus, precisa de cuidados específicos.
Desde
o início da pandemia do novo coronavírus, o isolamento social foi
recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Contudo, nos casos
em que é necessário sair de casa, usar máscara virou um item
indispensável para desacelerar a transmissão.
Tudo
porque, de acordo com a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância
Sanitária), o COVID-19 pode ser espalhado por gotículas suspensas no ar
quando pessoas contaminadas (apresentando sintomas ou não) conversam,
tossem ou espirram. E as máscaras funcionam exatamente como uma barreira
física, diminuindo a exposição e o risco para a população em geral.
Além
da versão descartável, que está em falta no mercado, a sugestão das
autoridades é utilizar as máscaras de pano caseiras. Mas, para não se
contaminar, é importante seguir algumas orientações quanto a fabricação,
uso, manuseio, higienização e armazenamento.
Ana Maria Digital conversou com Ivan França, infectologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo (SP), para tiras as suas dúvidas.
ORIENTAÇÕES GERAIS
Este
é um item pessoal, que não pode ser compartilhado por parceiros ou
familiares. O correto é cobrir totalmente a boca e nariz, sem deixar
espaços nas laterais, além de não ficar com a máscara por mais de três
horas seguidas.
Já
nos casos de saídas rápidas, como idas ao mercado ou farmácia, a
orientação é trocá-las diariamente. O infectologista ressalta que, além
de utilizá-la, é necessário que as pessoas ao seu redor estejam com o
item para que haja segurança.
“Conforme
você fala, a máscara pode ficar molhada. A partir do momento que isso
acontece, ela perde sua capacidade de proteção. E, caso tenha saliva no
lado externo e eu estiver contaminado, o vírus está exposto”, diz
França.
COMO E QUANDO COLOCAR?
O
cuidado é nunca pegar pela frente da máscara, sempre vestí-la pelo
elástico ou pelas fitas de amarrar. Mas, atenção: é de extrema
importância estar com as mãos limpas na hora de colocá-la, para não
contaminar a máscara. Assim, lave a mão com água e sabão ou higienize
com álcool gel antes de tocá-la.
Use
sempre que estiver em contato com outras pessoas. “Se você mora em
prédio e irá transitar pelo elevador, é melhor colocar antes pois o
risco de encontrar alguém é grande”, recomenda França, que ainda
orienta: “Quando a pessoa está sozinha em casa ou no carro, não tem
necessidade de usar. Só quando tiver contato com outras pessoas.”
E COMO HIGIENIZAR?
Existe
uma regra! De acordo com o especialista, é necessário lavar com água e
sabão em água corrente individualmente, ou seja, SEM O RESTANTE DAS
ROUPAS.
Após
o primeiro passo, é indicado deixar de molho por volta de 20 a 30
minutos em uma solução de água sanitária, contendo duas colheres de sopa
do produto para 1L de água, ou, 1 colher de sopa para 500 ml.
Depois,
enxague bem em água corrente para remover as toxinas da água sanitária e
evite torcer. Melhor deixar secar ao ar livre, preferencialmente no
sol. Se for lavar em máquina de lavar, é necessário que faça um enxágue
suficiente para remover todo sabão, sem esquecer do molho.
Agora,
a dica de ouro: “Depois de seco, é recomendável passar o ferro quente,
pois o calor mata vírus, bactérias e fungos. Nem todo mundo tem sol na
área do varal, como em apartamentos, por isso é importante usar a fonte
de calor”, orienta.
A
secadora, contudo, não é aconselhável neste caso. O motivo é que o
eletrodoméstico pode encolher o tecido e até danificar o elástico.
COMO POSSO GUARDAR?
“Entre
um uso e outro, o adequado é guardar em papel. Este e outros vírus
resistem menos tempo no material do que no plástico, por exemplo. Então é
ideal é colocar a máscara um envelope de papel, que pode ser feito a
partir de uma sulfite do tamanho A4”, afirma França.
Caso
não tenha opção, é essencial que o saco plástico que tenha furos para
respirar, pois, caso contrário, a máscara ficará úmida. Tanto o plástico
quanto o papel devem ser descartado no final do dia e máscara
higienizada novamente.
TECIDO INDICADO
A
recomendação da Anvisa é utilizar qualquer tecido que tiver a
composição de algodão, mas existem especificações de gramatura: quanto
maior ela for, melhor. O ideal é que a máscara tenha duas camadas de
pano”, esclarece o médico.
No
portal da instituição, é informado que o tecido deve ter, no mínimo,
90% de algodão. Além disso, é possível encontrar as seguintes
orientações sobre a trama dos tecidos:
90 a 110 (por exemplo, usadas comumente para fazer lençóis de meia malha 100% algodão);
120 a 130 (por exemplo, usadas comumente para fazer forro para lingerie);
160 a 210 (por exemplo, usada para fabricação de camisetas).
Sobre
o Tecido Não Tecido, popularmente chamado de TNT, o órgão elenca que o
fabricante deve garantir que o tecido não cause alergia e que seja
adequado para uso humano.
A
gramatura indicada é entre 20 – 40 g/m². Sua fabricação deve conter 3
camadas: uma de tecido não impermeável na parte frontal, tecido
respirável no meio e um tecido de algodão na parte em contato com a
superfície do rosto.